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Dragões
Dragões

 

 

Dragões ou dragos (do grego drákonδράκων) são criaturas presentes

na mitologia dos mais diversos povos e civilizações. São representados

como animais de grandes dimensões, normalmente de

aspecto reptiliano (semelhantes a imensos lagartos ou serpentes), muitas

vezes com asas, plumas, poderes mágicos ou hálito de fogo. A palavra

dragão é originária do termo grego drakôn, usado para definir grandes

serpentes.

 

Os Dragões talvez sejam uma das primeiras manifestações culturais ou

mito criados pela humanidade.

As mais antigas representações mitológicas de criaturas consideradas

como dragões são datadas de aproximadamente 40.000 a. C., em

pinturas rupestres de aborígines pré-históricos na Austrália. Pelo que se

sabe a respeito, comparando com mitos semelhantes de povos mais

contemporâneos, já que não há registro escrito a respeito, tais dragões

provavelmente eram reverenciados como deuses, responsáveis pela

criação do mundo, e eram vistos de forma positiva pelo povo.

 

Dragões para a mitologia

No Médio Oriente os dragões eram vistos geralmente como

encarnações do mal,  roubava seu gado e destruía florestas .

 

Dragões na Mesopotâmia

 

Na antiga Mesopotâmia também havia essa associação de dragões com

o mal e o caos. Os dragões dos mitos sumérios, por exemplo,

frequentemente cometiam grandes crimes, e por isso acabavam

punidos pelos deuses.

 

Dragões nas lendas orientais

Na China, a presença de dragões na cultura é anterior mesmo à

linguagem escrita e persiste até os dias de hoje, quando o dragão é

considerado um símbolo nacional chinês. Na cultura chinesa antiga, os

dragões possuíam um importante papel na previsão climática, pois eram

considerados como os responsáveis pelas chuvas. Assim, era comum

associar os dragões com a água e com a fertilidade nos campos.

 

 

Dragões na Bíblia

 

 

Os dragões segundo a cultura cristã, são aqueles que mais

influenciaram a nossa visão contemporânea dos dragões.

 

Muito da visão dos cristãos a respeito de dragões é herdado das

culturas do médio oriente e do ocidente antigo, como uma relação

bastante forte entre os conceitos de dragão e serpente (muitos dragões

da cultura cristã são vistos como simples serpentes aladas, às vezes

também com patas), e a associação dos mesmos com o mal e o caos.

 

De acordo com o Dicionário Internacional de Teologia do Novo

Testamento, no Antigo Testamento, dragões tipificam os inimigos do

povo de Deus, como em Ezequiel 29:3. Ao fazer isso, associa-se a ideia

das mitologias de povos próximos, para dar maior entendimento

aos israelitas. É por isso que a Septuaginta, na sua narrativa da história

de Moisés, traduz "serpente" por "dragão". (Êxodo 7:9-12).

 

Há ainda, no antigo testamento, no Livro de Jó 41:10-21, a seguinte

descrição do Leviatã:

18 Os seus espirros fazem resplandecer a luz, e os seus olhos são como

as pestanas da alva.

19 Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela.

20 Dos seus narizes procede fumaça, como de uma panela que ferve, e

de juncos que ardem.

21 O seu hálito faz incender os carvões, e da sua boca sai uma chama.

 

Em Isaías 30:6, há citado um "áspide ardente voador" (versão ARC),

junto com outros animais, para ilustrar a terra para onde os israelitas

serão levados, pois o contexto do capítulo é sobre a repreensão deles.

No Novo Testamento, acha-se apenas no Apocalipse de São João,

utilizado como símbolo de satanás.

 

O Leviatã, a serpente/crocodilo cuspidora de fumaça do livro de Jó,

também é considerado um dragão bíblico, embora não seja apresentado

como um ser maligno e sim como uma criação de YHWH (Jeová, nome

de Deus). Os dragões nas histórias da cristandade acabaram por adotar

esta imagem de maldade e crueldade, sendo como representações do

mal e da destruição.

 

O caso do mais célebre dragão cristão é aquele que foi morto por São

Jorge, que se banqueteava com jovens virgens até ser derrotado pelo

cavaleiro.

Esta história também acabou dando origem a outro clássico

tema de histórias de fantasia: o nobre cavaleiro que enfrenta um vil

dragão para salvar uma princesa.

 

Dragões na América pré-colombiana

 

 Os dragões aparecem mais raramente nos mitos dos nativos

americanos, mas existem registros históricos da crença em criaturas

"draconídeas".

 

Dragões nas lendas européias

No ocidente, em geral, predomina a ideia de dragão como um ser

maligno e caótico, mesmo que não seja necessariamente esta a

situação de todos eles. Nos mitos europeus a figura do dragão aparece

constantemente, mas na maior parte das vezes é descrito como mera

besta irracional, em detrimento do papel divino/demoníaco que recebia

no oriente.

 

Dragões na cultura moderna

Na modernidade, os dragões se tornaram um símbolo atrativo para a juventude.

São criaturas poderosas que dão a ideia de força e controle, ao mesmo tempo

que a capacidade de voar remete à ideia de liberdade. O dragão desenhado no

estilo oriental é parte quase obrigatória de logotipos de academias de artes

marciais pelos motivos já citados e pela sua ligação com a história dos países

asiáticos onde estes esportes surgiram.

 

Dragões aparecem em várias histórias do gênero fantasia, desde O

Hobbit de J.R.R. Tolkien com o dragão Smaug, passando

por Conan de Robert E. Howard e chegando a filmes modernos

como Reino de Fogo, que descreve um futuro apocalíptico, no qual a

humanidade foi massacrada pelos répteis. O dragão considerado

clássico foi imortalizado principalmente pela figura de Smaug, em O

Hobbit, livro de J. R. R. Tolkien. Seguindo o conceito da cultura cristã

ocidental, Smaug era um dragão terrível e destruidor, que reunia

grandes tesouros em seu covil na Montanha Solitária. Por ter sido este o

romance que praticamente iniciou toda a tradição de literatura

fantástica contemporânea, Smaug acabou se tornando o estereótipo do

dragão fantástico atual.

 

Uma célebre série sobre dragões é a série de livros How to Train your

Dragon da autora Cressida Cowell.

 

Outro conto de C.S. Lewis nas Crônicas de Nárnia, mais precisamente

em A viagem do Peregrino da Alvorada, conta-se de um dragão o

qual Eustáquio encontra praticamente morto, e com ele um tesouro

magnífico, Eustáquio sendo muito ganacioso, pegou um bracelete em

meio ao magnífico tesouro, e dormiu na toca do Dragão. Quando

acordou no outro dia, pensou que o dragão estava vivo, ou que havia

outro dragão, porque ele mesmo tornara-se um dragão, e assim o

tesouro mostrara-se amaldiçoado. Aslam ajuda Eustáquio a voltar ao

normal, mostrando assim o contexto cristão da Crônica. Na história, não

explica-se o fato do dragão está morto.

 

Dando continuidade à mitologia, J. K. Rowling insere dragões em

diversos livros de seu bruxo mundialmente célebre, Harry Potter. O livro

em que a autora deixa clara a existência atual destas criaturas é o

 

primeiro livro da série, intitulado "Harry Potter e a Pedra Filosofal".

Nesta obra, um dos personagens, Hagrid, ganha em um bar um ovo de

dragão, algo que ele sempre desejara. O ovo é chocado no fogo e, após

um tempo, um dragãozinho rompe a sua casca e recebe de Hagrid o

nome de Norbert. Norbert (ou Norberto na tradução de Lia Wyler)

cresce e começa a criar problemas para Hagrid que, enfim, cede à

insistência de Harry e seus amigos e doa o dragão a Charlie (Carlinhos),

irmão de Rony Weasley que estuda dragões na Romênia.

 

Na série literária de fantasia As Crônicas de Gelo e Fogo, de George R.

R. Martin, os dragões estão extintos há muitos séculos, e eram

sinônimo de poder, símbolo de uma das Casas mais tradicionais e

poderosas da trama. No fim do primeiro volume da saga, eles renascem

sendo uma grande força para a potencial chegada de Daenerys

Targaryen ao poder.

 

Dragões são extremamente populares entre jogadores de RPG. Na

verdade seu nome mesmo aparece no título do primeiro jogo desse

gênero - Dungeons and Dragons. Dragões também são tema recorrente

em jogos como Arkanun e RPGQuest.

 

Os dragões representam, em parte a liberdade e o poder que o Homem

deseja atingir. E ainda não se conseguiu explicar como é que a ideia de

uma criatura, com asas, sopro de fogo, escamas e potencialmente

 

mágica, pode chegar a culturas tão distantes e diferentes como a China

Antiga ou os maias e os astecas.

 

Cita-se na obra O ABISMO psicografada pelo médium Rafael Américo

 

Ranieri o termo "filhos do dragão" na narrativa onde seres horripilantes

e com aspectos disformes que perderam a forma humana moradores de

 

locais chamados de abismos e sub-abismos, intitulam-se filhos do dragão, pois este seria como o governador deste local inferior.

 

Dragões para a biologia

Existem também dragões verdadeiros no mundo real.

Existe entre os répteis, por exemplo, o gênero Draco usado para designar

espécies normalmente encontradas em florestas tropicais, que possuem abas

parecidas com asas nos dois lados do seu corpo, usando-as para planar de uma

árvore para outra nas florestas.

Existem diversas espécies de peixes, especialmente de cavalos-marinhos, que

possuem nomes populares de dragões.

 

Dragões na Literatura

Ciclo da Herança

As Crônicas de Gelo e Fogo